Durante a audiência pública realizada nesta quarta-feira, 14, na Assembleia Legislativa, a deputada Luana Ribeiro (PDT) cobrou uma ação mais concreta por parte do governo na redução dos gastos e na gestão para compensar as perdas salariais dos servidores. A audiência reuniu deputados, secretários de Estado e representantes dos movimentos grevistas, onde o governo apresentou sua proposta para pagamento da data-base.
“O que está sendo discutido neste momento é a data-base, mas as progressões dos servidores? Não adianta o Governo vir com uma proposta para enganar os servidores com redução de carga horária, que isso não vai repor as perdas salariais e não vai colocá-las em dia”, destacou a deputada em seu discurso.
Sobre a gestão financeira do Estado, Luana ressaltou que as despesas não serão reduzidas, se o Governo não enxugar verdadeiramente a máquina pública. “Foram gastos só na Secretaria de Governo, este ano, mais de R$ 17 milhões com passagens aéreas, é o que consta no Portal da Transparência”, argumentou. “Está claro que está faltando gestão no Governo do Estado”, disse a deputada.
Luana também lembrou que a população está pagando uma fatura muito alta com a má gestão, especialmente na saúde. “Não podemos deixar de registrar o caos em que a saúde se encontra, as vidas que estão sendo ceifadas, a educação que sofre com a greve. Como os servidores vão confiar que a proposta apresentada será de fato cumprida?”, argumentou.
Proposta
Para atender à demanda dos servidores públicos que se encontram em greve, a proposta apresentada pelo Governo consiste na reposição inflacionária de 2015 em janeiro de 2017. E o pagamento a data-base de 2016 (9%) dividido em três vezes: 2% em janeiro de 2017, 2% em maio de 2017, e o restante em setembro de 2017. Outra proposta reivindicada pelos sindicatos que deve ser implantada é a carga horária de seis horas diárias.
Para o secretário-geral de Governo e Articulação Política, Lyvio Luciano, o Executivo não teria condições de realizar o pagamento do reajuste referente a 2016, reivindicado para este ano, pois representa um montante de R$ 23 milhões mensais na folha de pagamento inviável ao Estado, segundo o secretário.
Ao término da audiência pública, os líderes do movimento grevista e representante dos sindicatos informaram que vão avaliar a proposta. (com informações de Maisa Medeiros – Ascom/AL)